Conta-se que numa pequena localidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas. Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas - uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" - respondeu o homem que não era tão tolo assim - "ela vale metade do valor, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda."
Desta pequena lição poder-se-à tira várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre o é.
A segunda: quem são os verdadeiros tolos da história?
A terceira: se for demasiado ganancioso(a), acaba por estragar sua possível fonte de rendimentos.
Mas a conclusão mais interessante ainda parece-me ser a seguinte: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.
"O maior prazer de um homem inteligente é fazer de idiota diante de um idiota que faz de inteligente".
4 Comments:
At 20 abril, 2005 13:31, Dra. Laura Alho said…
Bela História! E que grande lição... :) *
At 21 abril, 2005 12:03, Paulo said…
Uma GRANDE verdade.
At 21 abril, 2005 20:12, Anónimo said…
O ó que som tem...
At 27 abril, 2005 16:21, Anónimo said…
Mais palavras para quê?
É a verdade da vida!
Enviar um comentário
<< Home