Maia - O Outro Lado da Abelha

Num país cheio de cores, AINDA existe uma abelha que leva e traz sonhos e alegrias, recordações da infância perdida e reencontrada.

terça-feira, abril 19, 2005

Conta-se que numa pequena localidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas. Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas - uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" - respondeu o homem que não era tão tolo assim - "ela vale metade do valor, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda."

Desta pequena lição poder-se-à tira várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre o é.
A segunda: quem são os verdadeiros tolos da história?
A terceira: se for demasiado ganancioso(a), acaba por estragar sua possível fonte de rendimentos.
Mas a conclusão mais interessante ainda parece-me ser a seguinte: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.

"O maior prazer de um homem inteligente é fazer de idiota diante de um idiota que faz de inteligente".

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